domingo, 21 de julho de 2013

Um monstro emergiu em minha mente

No dia 13 de junho deste ano meu pai sofreu um AVC. Desde então, afastei-me do serviço para cuidar dele. Felizmente meu irmão mais velho mudou-se para minha casa, o restante da família também ajuda no que pode, mas os problemas e afazeres são muitos.
Eu estou caminhando bem, tranquila e dando conta da demanda, desde o ocorrido apenas um dia chorei e sou o carro chefe.
No dia 26 deste mês farei um viagem de quatro dias, esta será a primeira vez que ficarei longe dos meus pais desde o ocorrido. Tenho cronometrado meus passos e as tarefas a serem cumpridas de modo a deixar tudo organizado por aqui.
Desde ontem, sinto-me nervosa. Para ajudar meu irmão foi instalar uma prateleira e acabou furando um cano na cozinha, algo que pensei ficar pronto ontem foi adiado para amanhã. Isto desastabilizou meus planos. Uma raiva e revolta brotou dentro de mim. Sei que não posso me revoltar porque imprevistos acontecem, sei o quanto meu irmão tem me ajudado, mas há pouco é inevitável. Como que um monstro raivoso emergiu de minha mente, foi crescendo, como que inflando minhas veias e me ensandecendo de dor na cabeça, na parte superior direita da minha cabeça, tanto frontal, como lateralmente. Tão logo o remédio fez efeito o monstro se dissipou, a dor também. E percebi que mesmo não desejando o imprevisto ele não é um bicho de sete cabeças.