terça-feira, 6 de maio de 2014

Impaciência



 Impaciência

Onde podemos ir com nossa impaciência? Com certeza não onde pretendíamos chegar, mas o desequilíbrio provocado pelo T.A.B. e outros transtornos nos tornam impacientes, inseguros, inconstantes etc..


Texto extraído do livro “Espelhos & olhos” de Teresa Azevedo

Pintura de John William Godward

Ensurdeci



ENSURDECI


Convite pipocando no ar.
Bailar no encantamento,
rodopiar na emoção.
Entre pirilampos,
verdes campos,
borboletas azuis.
Estranhos modos,
montanha-russa,
brutos, pasmos,
condescendentes.
Ensurdeci aos gritos!
Fugi no adeus...

Texto de Teresa Azevedo extraído do livro” Poesia com Brandy” que pode ser adquirido no site www.clubedeautores.com.br

Pintura de Gustave Courbet

Eu







“Eu”

Fragmentada, imprevisível,
Inconstante, preguiçosa,
Eufórica, depressiva,
Indefinida, nítida,
Aqui para ser descoberta.
Oculta em medos por proteção.
Cantada, dançada, falida, cansada.
Em algum tempo: linear, fora de mim eu sei...
No espaço longínquo, quase inacessível.

Texto de Teresa Azevedo
Pintura de Júlio Romero de Torres


Fugindo para o mato


O sonho do poeta o leva para onde ele quer ir, ainda que não seja paupável lhe dá alívio, conforto.

domingo, 4 de maio de 2014

Relato de janeiro de 2013 - só hoje percebi que não havia publicado.

Relato de 15 de maio de 2013 

Já chegou a sexta-feira e eu não vi a semana passar.
Estou bastante desanimada, Há três dias mais durmo do que outra coisa.  Afastada do serviço, sem grandes perspectivas de voltar devido a saúde do meu pai sinto-me presa a esta casa e incapaz de reverter tal situação.
Não é ingratidão, apenas vontade de respirar ar puro de vez em quando, fazer as coisas que gosto, enfim...
Durante o dia me levanto apenas para alimentar meus pais, lavar roupas, cuidar da casa e correr para cama. Mais um breve período de cuidados com eles e novamente "cama". 
Se eles não estivessem aqui e eu não trabalhasse dormiria o dia todo. 
Só quando o Paulo chega no me sinto mais estimulada - levanto, cuido de mim e sorrio. Reconheço o que Deus fez e faz por mim e o quanto minha família me ama, ainda assim permaneço inerte. 
Tenho consciência que meu cansaço se deve ao stress causado à gravidade do problema de saúde do meu pai que quase o levou a óbito no final de 2012. É doloroso demais para mim  cuidar das enormes escaras que se formaram durante o período da internação, trocando suas fraldas. É triste demais  
aceitar que aquele homem que sempre cuidou de nós, era tão forte e parecida inabalável está assim tão fragilizado. Além disto, as fiinanças e tudo mais que me acorrenta.

Relato de 25 de maio de 2013 

A forma que encontrei para minimizar minha frustração e desânimo foi fazer pequenas mudanças  emm casa. Não só queria enxergar algo diferente ao meu redor, mas me sentir valorizada. Tal valorização foi mínima e eu fiquei desestimulada com minha nano reforma.
Aprender a valorizar a mim mesma nem sempre é fácil quando estou confinada...
De qualquer modo vou vivendo e aguardando o nascer de um novo sol e com ele "up" que tanto preciso.