domingo, 12 de dezembro de 2010

Até quando?


Até quando?
Até quando desertos anti-poéticos existirão em mim?
É uma secura de pensamentos, sem palavras, sem mais nada.
Para onde vai toda magia?
Foi ela que fugiu com a ilusão?
Que descompasso de doçura, de meiguice, ausência de paixão.
Como uma máquina que caminha de acordo com as engrenagens secas.
Sem o óleo do amor, o amaciar do desejo.
O anseio dos amantes escondesse na floresta da realidade.
O permear da entrega perdeu-se no outrora.
Até quando desertos anti-poéticos existirão em mim?
Mesmo que por alguns momentos diários amamenta-me em seu peito oh sonhos...
Pior que isto é criar para sua própria mente, pois a mão não tem força para segurar a pena.
O computador ao seu lado parece ser tão distante devido à indolência da dor.
Até quando vou me sentir assim um descompasso, entre uma mente fértil até na depressão que lhe acomete e um corpo ignóbil e de uma inércia cruel?
Até quando?

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