Caros leitores! Neste blog pos, Estão meus relatos diários sobre o TAB, portadora que sou. Agradeço por seus comentários ou relatos sobre assunto ou correlatos. Sua participação é importante! Abraço Teresa Azevedo http://www.teresaazevedo.prosaeverso.net/ krika3@gmail.com Venda do meus livros: www.clubedeautores.com.br
sábado, 2 de maio de 2020
Cidade vazia, depressão à vista
Há muito não me sentia depressiva de fato. Claro uma tristeza e angústia aqui, outra ali, mas nada muito além de um ou dois dias. Esses últimos dias entretanto andei muito deprimida, com vontade de não ver nem falar com ninguém. Como sempre faço, estou tomando minha medicação como sempre faço, porém acho que toda a crise em virtude do coronavírus, mesmo evitando a constância das notícias você acaba se contaminando com elas. Graças a Deus melhorei. Ontem acabei enfrentando um sarau virtual e ao contrário do que pensei, que seria doloroso me expor, foi bom.
Teresa Azevedo
Imagem de Tasila de Aguiar do Amaral - (1886-1973) - pintora, desenhista e tradutora brasileira e uma das figuras centrais da pintura e da primeira fase do movimento modernista no Brasil, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Sono meu, sono meu
Sono meu, sono meu
Como o sono me faz falta.
Estou entregue a ele, perdida
Ameaçada, quase morta
A exaustão levou-me a vida.
Sono meu, em sono sou eu.
Cadê o vigor das pernas?
O racional, o emocional?
Onde estou que não reajo?
Para onde fui eu?
Inconsciência, falência de mim
Perambulando caminho em agonia.
Tudo o que meus olhos vêem é cama
Caindo, deitando mesmo que na lama.
Serão horas de sono e estarei de volta
Já não morta, viva.
Completamente Teresa, ativa.
Seja qual for o lado do meu ser.
Teresa Azevedo
Quisera não fosse assim
Quisera não fosse assim
Cobra rasteira
Na via ou na eira,
Maldade de mim.
Quisera não fosse assim.
Ora tão angelical
Ora tão fútil e bestial,
Maldade de mim.
Quisera não fosse assim.
Vivo de espasmos
Completa em marasmos,
Só nestas horas loucas
Onde a razão é tão pouca.
Tão infantil, ruim.
Se somente bondade fosse
Que bom, seria tão doce.
Quisera não fosse assim.
Teresa Azevedo - do livro Faíscas de Paixão
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