quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Quando...

Quando o medo me toma, o coração pesa, os olhos lacrimejam, o arrependimento surge, a incerteza me ronda, a dor me constrange só há uma coisa a se fazer: cair aos Teus pés e clamar. Só Tu Senhor pode me livrar.

Compartilhando um pouco de mim

Existem coisas que me deixam profundamente irritada, por exemplo: 1)quando ficam querendo que eu detalhe tudo que pretendo fazer. Normalmente eu não tenho tais de na ponta da língua como pensam e se eu tiver que listar com certeza esquecerei 90% e depois ficarei muito chateada comigo por ter esquecido. Há dias que eu até gostaria de ser disciplinada e ter tudo esquematizado, mas não sou assim; 2) que façam manha do meu lado. Se a pessoa quer algo diga e permita-me dizer sim ou não ao seu pedido, mas achar que fazer manha, resmungar, fazer drama ou choramingar vai me fazer concordar com o que quer engana-se, não gosto de pessoas lamurientas; 3) que duvidem do que eu digo ou queiram fazer ameaças; Eu levo um tempo para processar uma conversa. Às vezes mais de um dia, não é por descaso, mas sempre tenho muitos pensamentos ao mesmo tempo e nem sempre consigo assimilar a importância, gravidade de uma conversa. Amo acordar e dormir tarde, se não planejei e tenho que acordar cedo e acordo de mal humor e pisando duro, mas logo fico bem... Quando mudam meus planos fico muito irritada em um primeiro momento, mas depois consigo ser racional e mudar o curso das águas se o argumento me convencer. Caso contrário, fico mesmo é frustrada... Tento ser melhor a cada dia, mas há tantos poréns que me perseguem, a luta pela melhoria é bastante árdua, mas sem dúvida com fé a vitória virá. Quando tudo parece perdido e não tenho forças para seguir em frente há um Deus que me socorre e restaura. Quando nem eu sou capaz de me perdoar Ele me perdoa e acolhe.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Angústia incontrolável

Agradeço a Deus por ter tido um único surto e internação desde que fui diagnosticada com transtorno afetivo bipolar, mas há momentos que os picos de depressão ou euforia são mais frequentes e intensos. De qualquer forma, todas as vezes que fui acometida por tais picos não excederam em tempo ou um limite "aceitável", se é que posso usar esta palavra, exceto duas vezes e ontem foi uma delas. Eu estava trabalhando tranquilamente ontem à tarde quando de repente e não mais do que de repente fui tomada por uma angústia incontrolável, uma dor na alma sem igual. É fato que tenho tido dias muito corridos, tenho me estressado bastante com o fato de não conseguir concluir coisas por razões que independem de minha vontade ou esforço, por exemplo: 1) tenho um livro para terminar, mas não consigo por ter tido diversos problemas com meu computador, por ter que parar toda hora para atender minha mãe ou fazer alguma tarefa doméstica, por depender da revisora que não devolve o material que foi enviado para ela, devido às reformas na casa conosco dentro, o que acareta inúmeros transtornos. 2) procuro agradar as pessoas, não por falsidade, mas por querer que elas se sintam amadas e acolhidas e nem sempre sou bem interpretada. Ante-ontem me esforcei para proporcionar um certo conforto a uma pessoa que ia a um evento comigo e na volta ela ficou muito brava porque a pessoa que ia nos buscar se atrasou. Eu fiquei extremamente triste por não ter conseguido atendê-lo como merecia, especialmente porque ele se dispôs a ir ao nosso evento, apesar de ter uma reunião logo na sequência. 3) por andar eufórica, sem conseguir conter minhas opiniões sobre coisas que não estejam bem, especialmente no caso da reforma. 4) minha compulsão por comida e compras está muito além dos limites de normalidade. 5) por meu marido não ser de muito conversar, sei que ele me ama por tudo que faz por mim e por nossa família, já passamos por tantas dificuldades e situações complicadas e no entanto estamos juntos, mas eu queria ouvir dele palavras de carinho e atenção. 6) por não ter minha arte, projetos e sonhos compreendida em casa. Bem, por todos esses motivos e por outros que não me ocorrem no momento chorei muito na madrugada de ontem especialmente me lembrando dos meus falecidos pai e irmão, aos quais cuidei e por estarem com problemas sérios aconselhei a passarem pelas cirurgias propostas pelos médicos, das quais meu pai nunca mais melhorou e meu irmão entrou em coma e veio a óbito. Senti-me culpada por tê-los aconselhado, não que o contrário pudesse resolver seus seríssimos problemas de saúde. O fato é que não consegui chorar por suas mortes em 2015 e ontem foi a primeira vez que fiz isto. Sinto uma falta absurda de ambos, eles era meus incentivadores e companheiros de sonhos. Havia dobrado a dose do meu remédio ontem, como tomo 1 ácido valpróico de 500 mg tomei 2 e 1 lamotrigina de 100 mg tomei duas. Fiz isto porque meu médico já me autorizou a fazer, se não fosse assim eu não faria. Hoje já me sinto bem melhor, mas em estado de alerta constante, pois qualquer intercorrência imediatamente procurarei meu psiquiatra. Não tive medo de pedir de contar à minha família como estava me sentindo e pedir que eles me ajudassem em oração. Somos todos evangélicos e acreditamos em Cristo ressurreto, sem negar que os médicos são instrumentos de Deus. Assim oramos juntos e me senti acolhida por eles e naturalmente por Deus que nunca nos desampara. Há muito não compartilhava nada, mas sei que compartilhar o que sentimos é otimo e muitas vezes o que compartlhamos serve para alguém.