quinta-feira, 29 de julho de 2010

Há três semanas tive o fabuloso aviso de depressão a vista, o arrepio na perna.
Desde que sai de licença-prêmio para cuidar da saúde da minha mãe que estava com problema grave, isto dia 16 de junho me fechei escrevendo e cuidando dela. Não saí de casa, salvo os dias de médico e algumas pouquíssimas vezes com a família.
Meus últimos quinze dias de LP, com pedreiro em casa foram ainda mais reclusos. E a medida que os gastos previstos foram aumentando eu fui me desesperando, mas fora isto estava bem.
Já tinha passado a tristeza com a doença da minha mãe que não a obrigou a cirurgia e o fim do casamento do meu filho mas pelo contrário, me sentia feliz com todas estas coisas. Somente duas coisas me preocupavam: A volta ao trabalho depois de me habituar a dormir mais do que o normal e a ficar em casa, e as dívidas que tive apesar de ter parado a reforma antes de sua conclusão.
Bem, voltei há duas semanas e tem sido muito difícil como previa, trabalho e assim que chego em casa janto e logo em seguida deito e durmo até o dia seguinte. Quando as pessoas me convidam para sair recuso. Nos horários que consigo me manter acordada, converso um pouco com os amigos pela internet fico um pouco com a familia e trabalho nos meus livros.
O arrepio que na verdade não sei se é um arrepio, talvez seja uma contração muscular,tem sido presente todos os dias.E normalmente ele é apenas na parte superior da coxa esquerda, mas hoje deu no braço e coxa direita.
Além disto minha lentidão é algo que me debilita frente ao trabalho que é sempre muito acelerado, voce nunca consegue acabar um para começar outro. Ter que fazer tudo de uma só vez, o que não tenho conseguido,.
Hoje entretanto piorei, cheguei com a cabeça atordoada, e até uma conversa normal me prejudicava.
Deveria estar feliz com a Bienal a vista, as antologias, e a expectativa de pelo menos um dos livros publicados, mas na verdade estou com muito medo do novo.
Bem conversei com meu chefe e tentei marcar uma consulta, pois dia 26 tive e perdi, pois com as confusões de minha mente acabei me esquecendo, como só vou conseguir para segunda feira, lembrei que quado comecei o tratamento a médica prescreveu 3 carbamazepina e não duas (que venho tomando como controlador de humor) então tomei esta dose, as intercalei durante o dia. Houve uma hora que senti muita vontade de chorar e um certo medo, mas me sentii melhor .
Tudo isto é muito novo para mim.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A primeira semana de retorno ao trabalho

Esta semana de trabalho, que hoje se encerrou, foi a primeira depois de 30 dias de férias. Assim que voltei mudei de canto.
Foi complicado demais para mim voltar. Já tinha me habituado a f azer as coisas no meu tempo, sem a pressão do dia-a-dia.
Tive um sono absurdo e muito medo de não dar conta. Voltou aquela coisa de me desgastar tanto por lá que assim que chego desmaio. Tinha programado ir fazer uma visita e dar um passeio, qual nada desmontei e desprogramei tudo.
A velha coisa dos arrepios na perna esquerda em períodos pré-depressão foi ferrenha, mas subsisti com a graça de Deus e só por Ele.
Estou aqui em plena sexta a noite, escrevendo no blog o que pensei escrever a semana inteira, apesar de que assim que cheguei adormeci e só agora acordei.
De modo geral estou feliz por esta semana ter passado e eu ter conseguido dar conta das principais coisas.Na próxima terei que fazer várias coisas não só no trabalho, mas na minha vida particular assim espero que o fim-de-semana seja bem revigorante.
Houve dias que não posso dizer que o equilíbrio foi nota 10, muito menos nota 7 ou 8,mas deu para dar nota 5 (risos)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Naqueles dias...


No tempo em que eu ainda não sabia que o que eu tinha era transtorno bipolar as coisas era diferentes, descontroladas, desalinhadas,difíceis e confusas para mim e para os que conviviam comigo.
E se aqueles dias fossem hoje as coisas era assim:
Se alguém me pergunta quem sou, peço que reformule a pergunta para quem eu estou. Pois sou um rio de mutações, de turbulências e turvas águas, nas quais não convém navegar.
Se alguém me dissesse compreendo o que diz, eu perguntaria como é possível que me compreenda se sequer eu sei se o que disse é o que penso, ou se o que penso digo?
Se alguém quisesse saber de mim, que define-se qual de mim a que se referia, porque hora eu era profunda tristeza, outra extema euforia.
Mas quando vejo que oje eu existo, eu sou, eu me compreendo como alguém que busca o equilíbrio como alvo e a rotina", no que ela oferece de melhor, como ideal.
Hoje se me busco me encontro, se mergulho consigo voltar a tona, por aver transparência em mim.
Naqueles dias sofri demais não apenas pelo que tinha,mas por desconhecer o que era.
Hoje sei que preciso enfrentar meu problema, superei meu medo e busquei ajuda, felizmente com a Graça de Deus a encontrei.
Teresa Azevedo

terça-feira, 6 de julho de 2010

Valrs inestimável


Estive eliminndo papéis velhos, separando coisas úteis de inúteis, fazendo contas, depois de vários dias que estou só em casa. O nervosismo e estresse me absorveu hoje. Vou tentar sair no fim-de-semana e ver se consigo relaxar. Parece que finalmente estou conseguindo começar colocar as coisas em ordem. iv que abrir mão de várias coisas,mas estou bem. Em outros tempos, tempos de descontrole isto me deixaria muito desiquilibrada, mas não, simplesmente avaliei a situação, percebi a impossibilidade e decidi que não faria o que tinha planejado. Isto me faz muito feliz, afinal sinto que o equilíbrio faz parte de minha vida. Para mim isto é fantástico, aliás para qualquer bipolar isto é algo de valor inestimável.

sábado, 3 de julho de 2010

Em luto por meu tio Emílio


Aos poucos os nossos queridos vão partindo, um dia seremos nós. Esta é nossa certeza. Quando criança eu via a casa dos meus avós sempre lotada. Quando o fim de ano chegava os colchões eram espalhados pelos quartos, sala, área, cozinha, quartinho do quintal e corredores. Uma família enorme e tão deliciosamente unida. Aqueles dias foram memoráveis, estão vivos e saltitantes dentro de mim. Naquela época as saudades ficavam para dois tios que haviam morrido quando crianças (Tio Vicentinho e Tio Antoninho) e um que faleceu alguns anos depois de ter se casado, que infelizmente não conheci, Tio Geraldo.Segundo contam era uma pessoa fantástica.
Aos poucos foram partindo um a um. Meu avô, minha avó. Meu tio João, tio Zézinho, tio Paulo, Tia Alice, Tio Tana, Tio Luiz, Tia Leonor, Tia Ana. Agora quem parte é o caçula Tio Emílio. Minha mãezinha está sózinha dentre pais e irmãos Carvalho e Silva e com ela estão suas cunhadas Tia Maria , Tia Angélica, Tia Nena e Tia Raquel. Cinco mulheres fortes como carvalhos tal qual o nome. Que Deus as conserve, salve-as e lhes dê saúde em nome de Jesus. Amém
Mas por falar em pessoa fantástica, forte e querida quero falar do tio Emílio. Era um tio muito querido, daqueles que sempre está presente nas horas difíceis e tem sempre a solução para as coisas. Centrado, educado, elegante e de poucas palavras apenas que de estas pouca sempre muito sábias e acertadas. Um homem calmo, tranquilo tanto para falar como para resolver as coisas.Sempre muito carinhoso quando falava da esposa Angélica e filha Maninha como a chamávamos. Um empresário em Londrina e dono de terras em Campo Grande,uma terrinha como ele dizia. Com a perdar brusca da filha em um acidente, seus problemas de saúde em decorrência do mesmo acidente aos poucos as coisas foram se perdendo, Vivendo com uma aposentaria por invalidez que era bem pequena não pode manter os negócios e as terras. Há alguns anos vinha lutando com esquecimentos devido a senilidade e com um problemavascular que provocara uma úlcera na perna, que levou a uma amputação. Dois dias após a cirurgia morreu de parada cardíaca. Sua esposa sempre dedicada e sua filha foram exemplo de dedicação e cuidado. De modo que ele faleceu tendo a certeza do amor e presença constante de ambas. Nós ao contrário, impossibilitados de estarmos junto deles nesses dias guardamos conosco nossa tristeza e aquela imagime linda e tão querida daquele homem bom que apesar da distância foi sempre tão presente em nossas vidas.