sábado, 3 de julho de 2010

Em luto por meu tio Emílio


Aos poucos os nossos queridos vão partindo, um dia seremos nós. Esta é nossa certeza. Quando criança eu via a casa dos meus avós sempre lotada. Quando o fim de ano chegava os colchões eram espalhados pelos quartos, sala, área, cozinha, quartinho do quintal e corredores. Uma família enorme e tão deliciosamente unida. Aqueles dias foram memoráveis, estão vivos e saltitantes dentro de mim. Naquela época as saudades ficavam para dois tios que haviam morrido quando crianças (Tio Vicentinho e Tio Antoninho) e um que faleceu alguns anos depois de ter se casado, que infelizmente não conheci, Tio Geraldo.Segundo contam era uma pessoa fantástica.
Aos poucos foram partindo um a um. Meu avô, minha avó. Meu tio João, tio Zézinho, tio Paulo, Tia Alice, Tio Tana, Tio Luiz, Tia Leonor, Tia Ana. Agora quem parte é o caçula Tio Emílio. Minha mãezinha está sózinha dentre pais e irmãos Carvalho e Silva e com ela estão suas cunhadas Tia Maria , Tia Angélica, Tia Nena e Tia Raquel. Cinco mulheres fortes como carvalhos tal qual o nome. Que Deus as conserve, salve-as e lhes dê saúde em nome de Jesus. Amém
Mas por falar em pessoa fantástica, forte e querida quero falar do tio Emílio. Era um tio muito querido, daqueles que sempre está presente nas horas difíceis e tem sempre a solução para as coisas. Centrado, educado, elegante e de poucas palavras apenas que de estas pouca sempre muito sábias e acertadas. Um homem calmo, tranquilo tanto para falar como para resolver as coisas.Sempre muito carinhoso quando falava da esposa Angélica e filha Maninha como a chamávamos. Um empresário em Londrina e dono de terras em Campo Grande,uma terrinha como ele dizia. Com a perdar brusca da filha em um acidente, seus problemas de saúde em decorrência do mesmo acidente aos poucos as coisas foram se perdendo, Vivendo com uma aposentaria por invalidez que era bem pequena não pode manter os negócios e as terras. Há alguns anos vinha lutando com esquecimentos devido a senilidade e com um problemavascular que provocara uma úlcera na perna, que levou a uma amputação. Dois dias após a cirurgia morreu de parada cardíaca. Sua esposa sempre dedicada e sua filha foram exemplo de dedicação e cuidado. De modo que ele faleceu tendo a certeza do amor e presença constante de ambas. Nós ao contrário, impossibilitados de estarmos junto deles nesses dias guardamos conosco nossa tristeza e aquela imagime linda e tão querida daquele homem bom que apesar da distância foi sempre tão presente em nossas vidas.

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