quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Lutando contra o luto

Meu irmão faleceu em dezembro  com um câncer super agressivo que o consumiu em pouquíssimos meses. A partir de outubro passei a acompanhá-lo às consultas, idas repentinas ao Pronto Atendimento, internações e quatro cirurgias feitas nesse curtíssimo espaço de tempo. Presenciei suas dores horríveis. Sua fisionomia não permitia camuflar seu silêncio.
Ele era mais novo que eu, trabalhávamos junto, era meu amigo, companheiro de lutas, conselheiro, enfim. Ficar sem ele ao meu lado é dificílimo, a cada instante me lembro de algo que ele fez, sonhou ou falou.
Na prática, procuro deixar as lembranças tristes de lado e enalteço as felizes mas meu emocional é desobediente e infiel tantas vezes... Sinto-me desanimada desde outubro, não tenho vontade de sair de casa, nem de escrever, sei que é temporário como de fato tem que ser, mesmo assim é doloroso perdê-lo e caminhar lutando contra o luto.
Quero trazer a tona todas as coisas maravilhosas que ele fez como fotógrafo e pessoa e sei que conseguirei com a permissão de Deus. O tempo para conclusão desse trabalho pode não ser exatamente o que desejo.

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