domingo, 2 de janeiro de 2011

Ainda o amo com a mesma intensidade



Ainda o amo com a mesma intensidade

Aquele dia senti mais uma vez a horrível dor de sua partida, como tantas e tantas vezes foi.
Sei que já não é meu mais finjir que ainda o é me faz tão melhor.
Saimos juntos, como fazemos sempre. Ajudou-me em meus afazeres como tantas vezes faz. Sempre está ao meu lado mesmo estando com ela. Até hoje não pude sentir que de fato me deixou, não nunca.
É meu amigo, meu grande e amado amigo no seu coração, Somente isto? Será? Quero que o seja, mas também que seja mais.
No momento em que seu celular tocou e era ela, sua antiga amante que de mim o tirou. Você disse:
- Oi amor...
Fiquei arrasada, como se uma faca me atravessasse o peito, mais que isto na verdade...
Hoje sua amada é ela e eu, como mulher, mais nada. São para ela seus beijos, seus abraços...
Só chorei por dentro, pois secaram-se minhas lágrimas há muito. Por fora sorri como se não ligasse, mas qual... No fundo sangrei em dor e desespero e meu emocional se abalou sobremaneira.
Na volta, já no carro, falamos sobre você e ela, porque eu lhe questionei... Quando questiono tenho desejo de ouvir negações sobre o assunto, mas sei que gosta dela, que não quer quebrar seu compromisso e que tem medo de nós dois juntos de novo.
É tão difícil e complexo este meu amor. Sei que diz que não a ama o suficiente para assumí-la como sua esposa, louvo a Deus por isto, não sei se suportaria tal coisa. Mas e nós o que somos você e eu? Então eu pergunto: - Acabaram-se minhas esperança e você diz: Não, esperanças nunca devem morrer e que desconhecemos nosso futuro. Repete que quis voltar a tentar quando eu já cansada, quase desisti de você. Eu disse não com meus lábios, não com meu corpor, mas bem sabe que não disse com meu coração jamais. Perdi minha chance então? Não sabemos de nosso amanhã.
Me apego às suas palavras para acreditar que um dia tornarei a tê-lo, mas será? Provável tolice minha, mesmo assim me apego.
Voltamos para casa que um dia foi nossa e hoje é só minha. E eu fiquei e você então partiu mais uma vez. Partiu com nossa herança maior.
E eu sozinha aqui chorei por sua partida, amor meu, fiquei tão só de você...
Ali jogada, prostrada do sofá para a cama, sem coragem, sem forças, só com uma dor horrível pela sua falta. Cada vez que me deitava na cama, cama que um dia foi nossa. Onde tantos e tantos dias e anos me amou. Era sufocada pela dor ainda maior das lembranças.
Fugi através do sono o quanto pude, mas a noite tive um pesadelo horrível. Não me lembro ao certo o que foi que sonhei, só que foi medonho e sombrio como minha dor. Acordei ali em nossa cama enorme, apavorada e só. Senti um medo incontrolável, ouvia minha mente me ditando coisas, tive medo de um novo surto. Muito medo, um pavor mesmo. Recordei os dias horríveis que passei internada, presa àquela cama e quarto, vendo outros pacientes em situações muito piores do que a minha, não entendendo ao certo porque estava ali, pois não era como eles. Quanto medo de voltar para lá. Quanto pavor. Então tomei rapidamente a única iniciativa coerente, comecei a orar, recitar versos bíblicos e clamar por Deus. Ele prontamente me acolheu em Seus braços e ali adormeci. O dia amanheceu e eu já estava bem, só indisposta. Não tenho mais você! Apesar dos votos que fizemos não estamos mais juntos, mas Deus nunca nos abandona, mesmo quando somos falhos, fracos Ele nos ama. Eu o adoro.
Quanto a você, mesmo tendo sido deixada para traz o amo com a mesma intensidade de sempre.

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