terça-feira, 8 de novembro de 2011

Relatando os fatos


Numa tentativa de acordar mais bem disposta tomei a última dose de carbamazepina e a única de lamotrigina às 18 h e não antes de durmir. De fato consegui acordar mais bem disposta, sem as vertigens do dia anterior, mas quando por volta de 10h da manhã a terrível sensação de tristeza já tinha me invadido, aguentei até as 11 horas, então logo depois das 11h tomei a primeira de carbamazepina de hoje. Meu objetivo é ficar indolente em períodos mais "permitidos", ou seja meus horários de almoço e a noite. Almocei e logo após o almoço tive que ir para o banheiro onde tenho um banco bem baixinho de madeira de aproximadamente 0,60x1,20mt, deitei-me nele e me cobri com o casaco que havia trazido, dormi por quase duas horas, como se estivesse me deitando na melhor das camas e com o mais confortável dos travesseiros. Claro que acordei toda doída, com a cara amassada e pior querendo dormir o resto da tarde, mas de qualquer forma foi um alívio poder me deitar ali. Agora quase duas horas depois, quando me levanto quase cambaleio. Hoje felizmente consegui dar conta do que tinha para fazer até que um novo cliente entre. Normalmente nestes intervalos eu faço as coisas do Portal, mas estou tão confusa que não estou consiguindo fazer nada. Quando chegar em casa terei que lavar e organizar as roupas, pois a passadeira deve ir lá na quinta e eu não estou com o menor ânimo para isto. Francamente tem sido bastante complicado equacionar meus dias por cansa desta indolência insuportável.
Os espasmos causados pelos remédios também são sentidos próximos aos horários em que os mesmos são tomados.
Eu hoje além da tristeza tive um desejo imenso de comprar sapatos e roupas. Não como algo normal, mas como característica de compulsão mesmo.
Agora que já faz cinco horas que tomei o último comprimido estou bem, tranquila, sem espasmos ou sono, lamentavelmente em breve tomarei outro comprimido e provavelmente os sintomas voltarão. Isto acontecerá até que as dosagens possam ser reduzidas e eu fique em equilíbrio, espero que o mais breve possível.
Outra coisa que tem ocorrido comigo é buscar nas histórias que crio, quase que todo o tempo em que estou sozinha, uma forma de realização pessoal, ou seja, me transporto para elas. O fato de ser escritora e criar histórias o tempo todo deveria ser ótimo, entretanto não é pelas seguintes razões, elas ocorrem com tanta velocidade e em momentos em que eu deveria descansar ou escrevê-las, mas na verdade estou deitada, portanto não descanso como deveria. Além disto, eu normalmente acabo meio que fugindo da minha realidade para personificá-las, o que é péssimo. Não fazer isto é mais uma das lutas que travo comigo mesma.
Até o momento a medicina não tem cura para o TAB e mesmo com medicação não se pode garantir que as crises depressivas ou maníacas surjam, então por hora é usar a medicação e confiar em Deus. É isto que eu tenho feito.
Em breve sei que estarei bem, mesmo assim quero deixar registrados estes relatos que podem me servir no futuro ou a outra pessoa.

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