segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Você que é jovem, leia isto pode lhe servir


Olhe ao longo do lago, veja as bolhas que se formam de tempos em tempos, sou eu tentando emergir, querendo respirar, mas logo volto para o fundo.
Afogo-me desesperadamente neste transtorno afetivo bipolar que me deixa tão "down".
O que desencadeou a crise desta vez?
Várias coisas, mas o que mais pega é grana, a falta de perspectiva de melhora, a idade que chegou e os muitos sonhos que passaram.
Não importa, creio que tudo isto vá se ajeitar e espero em Deus que no menor prazo possível. Ocorre que quando entro em depressão vejo tudo muito negro e sem saída. Perco minha fé em mim, ainda que não a perca em Deus.
Se alguém que me lê é jovem e tem comportamentos estranhos de vez em quando, busque ajuda o quanto antes, faça terapia, procure um médico. Sabe, eu era uma adolescente alegre, mas "era do tipo dona do próprio nariz", muito impulsiva. As vezes ficava muito brava mesmo, esmurrava tudo e me sentia a dona do mundo, rebelde exprime melhor. Na época era isto que eu pensava ser. Por muitas vezes minha mãe e tia quiseram me levar ao médico, a um psicólogo e eu dizia não ser louca. De fato não era louca, como não sou, mas penso que desde então o transtorno já se manifestava eventualmente.
Minha impulsividade me fez perder grandes oportunidades. Em 1978 passei na primeira fase da UNICAMP em Economia e na prova teórica da Caixa Ecoñômica Federal. Com certeza eu passaria na prova prática de datilografia, pois tinha feito o curso havia pouco tempo e datilografava muito no serviço que tinha na época. Era ótima de redação, tinha acabado de sair do Colégio, onde sempre tive excelentes notas, portanto era certo de que passaria na segunda fase do vestibular. Surgiu uma viagem para a praia, viagem esta que poderia acontecer em qualquer outro momento, mas eu simplesmente fui viajar e perdi a oportunidade de ser funcionária da Caixa Econômica Federal e cursar Economia na UNICAMP. Talvez isto não me fizesse uma pessoa realizada, mas permitiria agora fazer o que me realiza com tranquilidade. Quantos cursos de ingles começados e parados na metade, enfim são tantas histórias das quais o arrependimento me frustraM. Não adiantará é claro me sentar e lamentar agora, ou me afundar sem sair cama pensando porque não fiz isto ou aquilo, preciso sim viver nestes anos que me restam de forma a não me arrepender depois. MAS QUERO DEIXAR ESTA MENSAGEM A VOCÊ QUE É MAIS JOVEM E TALVEZ ESTEJA PENSANDO EM DEIXAR OPORTUNIDADES IREM EMBORA COMO EU FIZ UM DIA.
Hoje estou nesta fase depressiva, sinto-me muito mal e sei que carrego comigo muitas consequências do que fIz ou deixei de fazer no passado, das minhas compulsões então nem se fale, mas também tenho fé que em breve estarei equilibrada de novo, que os controladores de humor regularizarão minha vida e mesmo que eu não viva no mar de rosas que gostaria de viver terei energia. Independente de como estou hoje, não perco minha fé em Deus, pois tenho a certeza de que Ele é meu Senhor e Salvador independente de como eu me sinta.

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