segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ufa, que período...


Tenho estado ausente por pura falta de tempo e de espaço no pc do meu filho. Foram dias difíceis com muitas alterações hormonais, acontecimentos marcantes e complicados. Tenho me sentido confusa e perdida em muito momentos. Houve dia que chorei o que tem sido raro em mim. Também estava por explodir. Passei muito mal fisicamente depois de ter segurado a minha onda no fim-de-semana retrasado, na segunda a noite foi quando despenquei no choro. Com compulsivos soluços e uma dor grande. Depois eu acabei bebendo coisa que não costumo fazer e ainda mais tomando remédio. Na 3ª passei muito mal, pensei que fosse morrer. inha mão direita formigava, havia horas que o formigamento se espalhava para o braço todo. A cabeça com as velhas e costumeiras pontadas. No peito uma pressão muito grande e muita falta de ar. Teve alguns momentos no dia que pensei que fosse morrer, mas não fui ao médico ainda. Estou tentando marcar cardiologista para avaliação, mas serviço público é moroso mesmo e eu odeio pronto-socorro.
Ontem o dia das mães foi gostoso, apesar da família não estar completa e das notícias sobre os contínuos tombos da minha mãe, sua confissão de que suas pernas está fracas e não ficam mais firmes me entristeceu sobremaneira.
A volta de meu filho do meio a minha casa e toda a reviravolta decorrente disto estou tensa, sou mãe, meus braços estão abertos, mas minha dor é grande.
Com tudo isto minha bipolaridade fica mais aguçada e só Deus me auxilia além do tratamento é claro.
A preocupação com a roptura de meu relacionamento também é algo ruim. Confesso que além de todo carinho e sonhos que foram feitos em cima de se ter alguém do lado, a falta de um companheiro é algo muito ruim para mim enquanto bipolar. Eu de fato preciso de um companheiro, necessito ter alguém do meu lado, a inexistância desse alguém me desestrutura demais. Minhas compulsões aumentam e eu tenho mais dificuldade de controlá-las. Ponto pacífico ou não o equílíbrio é algo que necessito e persigo o tempo todo. Se tenho alguém ao meu lado, dividindo, compartilhando, me permitindo dar e receber eu fico sempre mais próxima ao estágio ideal de equilíbrio que tanto almejo.
Bem então é respirar fundo muitas vezes, muitas vezes mesmo. Oxigenar o cérebro além do costumeiro e desviar a atenção de desejos e devaneios é algo que não poderei deixar de fazer mais e mais. Redobrar a atenção e cuidados para não cair em erros e situações desesperadoras. Ufa!
Conversando com um amigo ele me disse: Se tiver se salvar a flôr, terá de quebrar o vaso. Mas se preferir conservar o raro e valioso vaso, terá de matar a flôr.
Não é fácil nenhuma das duas coisas, mas decidir sobre o que devemos fazer a respeito creio ser necessário. Pensando no que tem vida a primeira hipótese árece a mais acertada, mas tudo é muito relativo. Depende dos olhos que veem e do corpo que sente...
Relutei para aceitar coisas que senti. Coisas que me ferem e me fazem pior, mas em tantos momentos são maiores do que eu. Tenho clamado a Deus para me livrar de um eu que rejeito mas ele permanece comigo. Então melhor para mim foi encontrar um paleativo para me fazer melhor e é exatamente o que tenho tentado a cada dia.
Sinto-me confusa e sem capacidade para dar parecer sobre qualquer pessoa ou situação no momento. Não falo de julgamentos pois isto não podemos nem devemos fazer. Assim peço que nos dias em que em estiver assim não me pressionem com perguntas. Não me interpelem sobre quais os melhores caminhos. Minha mente dói, não é dor de cabeça, é dor na mente, se é que pode me entender. Uma multidão de pensamentos se esbarram uns nos outros, cruzando os neurônios entram em curto.
Me deixem respirar apenas e viver os meus dias do modo como consigo, passo a passo, ou melhor como já escrevi um dia "passos lentos, lentos passos" costumo dizer
meus passos são piores que os da velha tartaruga lenta.
Quero me eletrizar, quero voltar ao raciocínio lógico aos mortais, mas no momento preciso de tempo, preciso de fôlego, preciso de alento.
Olho para Deus e sem forças clamo, sei que Ele é presente e não me desampara. Não pretendo viver meus extremos. Mas mesmo "minha normalidade" de hoje é bem penosa.
Mas eu não desisto de mim, nem da vida, nem da busca por dias melhores. Eu creio que o Senhor é Deus. Ele me formou e sabe de cada uma de minhas dificuldades e erros. Elel me ama e há de me capacitar. Amém!

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