sexta-feira, 4 de junho de 2010

Se eu uma inequação

Hora sou calmaria e hora alegoria.
Sou duas de mim em mim mesma.
Num tempo tão mansa e humilde.
Em outro tão estravagante e arrogante.
Há dias em que me desconheço.
Outros em que me busco e não me reconheço.
Pérola negra, rara.
Diamante, esmeraldas ou rubis.
Mas tamém pedra de rua.
Banal e nua, sem nenhum valor.
Por vezes sou coração e emoção.
Por outras razão fecunda.
Iluminada e fria.
Careço ser a fusão do meu eu.
Complemento de um ser.
Encontro e simetria.
Equilíbrio de linhas contínuas.
Alguém que se saiba quem.
Além do que se vê se é.
Casca e miolo.
Linha e coberta.
Eira e esteira.
Quinhão e isca.
Tino e vinho.
Equação.
Ser.
Eu.

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