sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vales e picos


Por caminhos obscuros, busquei clareiras d'alma de forma que pudesse me acalmar, saber que a vida renasce e concentrando-me encontrar um caminho seguro a ser seguido, a resposta as perguntas que me assolam a mente, inquietam o corpo e entorpecida me vejo totalmente perdida sem destino , sem saída, sem um ponto de chegada.
Pele rusga, músculos enrigecidos, coração palpitante, medo do desconhecido, euforia, prazer, palavras que saem aos montes sem vírgulas, sem pontos, umas sobre as outras, confusas e nulas, tentando ser eloquentes, mas nada são além de distorções de comportamento, acúmulo e atropelo de pensamentos, congestionamento de idéias, vendaval, explosões.
E de novo as profundezas deprimentes, terríveis, assustadoras, trêmula me encolhi em paura e solidão. Tudo tão irreal, tão grandioso em sentimentos de dor, infinitamente maiores do que eram, superdimensionamentos tolos e incontroláveis.
Mais uma vez euforia, compulsões, descontrole, perda de foco, ilusão de ter capital além do que não se tem, de querer tudo o que se vê, de achar que pode mais do que pode e, quanto mais consome, mas quer consumir, coleções de sapatos, de bolsas, de cintos, coleções e coleções para alimentar o êxtase.
Mas então a realidade, a tristeza, a percepção do caos.
Entre vales e picosm subindo e descendo uma vida até descobrir a causa e buscar a ajuda correta, alcançando o equlíbrio.

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